Das marcas de automóveis atraídas pela abertura do mercado brasileiro, no início dos anos 1990, muitas ficaram pelo caminho. Uma delas foi a Suzuki, cuja importação de carros e utilitários esportivos começou em 1991 e foi suspensa em março 2003.
A fabricante japonesa, que continuou suas operações com motocicletas no Brasil, conquistou fãs e virou referência em utilitários esportivos 4x4, principalmente graças ao Vitara e seu substituto, o Grand Vitara. E é com base nessa boa reputação "off-road" que a marca vai voltar ao mercado nacional, provavelmente no segundo semestre.
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Só que a retomada das operações por aqui vai além. Uma fábrica para montagem local de modelos da Suzuki está em estudos, e pode se tornar realidade até 2010.
Ignis: compacto 4x4, conta com motores 1.3 e 1.5 a gasolina
A estratégia com a Suzuki seria parecida. O grupo começaria a importar modelos atuais, como o utilitário esportivo médio XL7, a linha de compactos SX4 e a nova geração do Swift -- o modelo chegou a ser importado para o Brasil nos primórdios da década de 1990.
OS MODELOS | |||||||
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A volta ao país pode até parecer ousada à primeira vista. Por trás do retorno da Suzuki, porém, está o Grupo Souza Ramos, o mesmo que gerencia a MMC. A empresa tem licença para fabricar modelos da Mitsubishi (as picapes L200 Outdoor e L200 Triton e os utilitários-esportivos Pajero TR4 e Pajero Sport são montados na cidade goiana de Catalão), além de ser a representante oficial da marca por aqui no que diz respeito também a importados -- traz o esportivo Eclipse, os crossovers Airtrak e Outlander, a minivan Grandis e o SUV Pajero Full.
Com isso, estudaria o mercado e ganharia mais influência junto à matriz para partir para uma fábrica. Esta planta também deve ser erguida em Catalão. Só que as atividades industriais poderiam ser adiantadas e facilitadas pelo fato de existir maquinário e ferramental ocioso para produção de modelos da Suzuki à disposição na Espanha.
São específicos para fabricação de modelos como o jipinho Jimny, que fez rápida presença no mercado brasileiro no início da década, e até mesmo do Grand Vitara antigo.
São específicos para fabricação de modelos como o jipinho Jimny, que fez rápida presença no mercado brasileiro no início da década, e até mesmo do Grand Vitara antigo.
Vitara ou Tracker
O que poderia provocar um problema mercadológico com a General Motors. É que a marca norte-americana tem uma parceria com a Suzuki na Argentina. Pelo acordo operacional, a planta da GM em Rosário monta o Grand Vitara e o manda para o Brasil com o nome de Tracker e com a gravatinha da Chevrolet na grade central.
Para a Argentina, o sport-utility compacto é vendido como Suzuki Grand Vitara mesmo. Procurada, a filial brasileira da GM não quis se pronunciar sobre o assunto.
De qualquer forma, já desembarcaram por aqui algumas unidades da nova geração do Grand Vitara, lançada no ano passado no Japão e chamada de JIII. Juntamente com o XL7 e o SX4 nas configurações hatch, sedã e crossover, passam por clínicas de avaliação junto a consumidores e, posteriormente, entrarão no processo de homologação.
O SX4, aliás, usa uma plataforma compartilhada com o Fiat Sedice. A versão station do SX4 seria o primeiro crossover compacto de fato do mercado, já que conta com tração 4x4. O compacto Swift, com visual moderno e motor 1.5 de 110 cv, também teve unidades trazidas.
A decisão sobre o que vai ser produzido na nova fábrica também vai depender da reação do público para os modelos importados. Especialistas e fontes da indústria avaliam que a imagem da marca japonesa ainda é forte e positiva no Brasil e remete a veículos 4x4, o que pode favorecer a fabricação do Jimny e do próprio Grand Vitara por aqui. Ainda mais com o mercado brasileiro de automóveis em situação tão próspera.
Futuro
O Grupo Souza Ramos também foi procurado, mas limitou-se a dizer que está dando apoio logístico ao grupo que conduz a operação que vai trazer a Suzuki de volta ao Brasil. De qualquer forma, a representação da Suzuki e a construção da fábrica são considerados pelo mercado uma boa alternativa para a empresa.
Fontes no setor dão conta de que a matriz da Mitsubishi no Japão já teria "crescido o olho" nos bons números do mercado brasileiro e estaria disposta a não renovar a licença de Souza Ramos para fazer os modelos da marca.
Swift: fez relativo sucesso no Brasil nos anos 90; pode vir com motor 1.5 de 110 cv
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