O MAIS NOVO INTEGRANTE DA FAMÍLIA CROSS, QUE REÚNE ESTILO AVENTUREIRO E ACABAMENTO DE QUALIDADE SUPERIOR
Apresentada em setembro do ano passado, em seis versões (duas opções de carroceria e três pacotes de acabamento e conteúdo), a nova geração da VW Saveiro acaba de ganhar mais uma versão: a aventureira Cross. Agora são sete versões, ante as 12 da líder Fiat Strada. Mas a novidade desse lançamento não é apenas a ampliação da linha da picape e sim o surgimento de uma “família Cross”, como já é chamada internamente, na Volkswagen. A Saveiro, que chega depois do Fox, sinaliza a vinda de outros modelos. Quando questionados, os executivos da Volks brincam, gesticulam e elevam o tom de voz para desconversar. No entanto, a SpaceFox, que em breve será reestilizada com a nova frente do Fox, é uma forte candidata a se tornar Cross.
Segundo o departamento de marketing da empresa, o CrossFox responde por 25% das vendas do Fox. A Saveiro Cross deve ficar com cerca de 20% do mix da Saveiro. São números que encerram uma antiga celeuma interna, quando havia resistência ao conceito do pioneiro CrossFox: uma ala mais ortodoxa era contrária ao projeto sob o argumento de que o carro não poderia parecer o off-road que na realidade não era. Como contra os argumentos há os fatos, o fato é que a mudança de hábito tem dado bons resultados.
Os pontos de identificação da família Cross que já estão no Fox e que agora aparecem na Saveiro são as lanternas escurecidas, a grade preta e a enorme entrada de ar, na parte inferior do para-choque dianteiro, em forma de um trapézio cuja base maior faz parecer a boca de alguém bravo ou mal-humorado. A Saveiro tem algumas particularidades. As faixas laterais, que no CrossFox são adesivas, ganharam o volume de borrachão na Saveiro. Os arcos das rodas e os estribos também são ligeiramente diferentes. E o estepe foi colocado sob a caçamba e não na porta traseira, como no CrossFox. Outra característica exclusiva da Saveiro Cross é o rack do teto, que recebeu prolongamentos laterais até metade da caçamba. Essa peça foi a mais complicada de ser projetada, segundo Luis Veiga, gerente-executivo de design. Isso porque, de acordo com as normas da casa, ela não poderia ser simplesmente um enfeite: deveria ter uma função (como se beleza não tivesse utilidade). Assim, o rack foi feito de modo que pudesse servir de apoio em toda sua extensão e não apenas sobre o teto – e sem atrapalhar a instalação da capota marítima, que é item de série na Saveiro Cross, e tampouco a fixação da carga, que conta com ganchos deslizantes na caçamba.
Por dentro, a Saveiro herda o painel do Gol, mas com acabamento mais sofisticado e bem cuidado. O conjunto é sempre de duas cores e há detalhes exclusivos como os anéis polidos ao redor dos mostradores e das saídas de ventilação. Os bancos têm o mesmo revestimento aplicado no CrossFox, que usa tecido na parte central e couro sintético nas laterais. A diferença, nesse caso, é que no Fox o tecido tem relevo em forma de ondas, enquanto na Saveiro o desenho se assemelha a uma trilha deixada pelo pneu de um jipe militar (que tem desenho simétrico para confundir quem tenta descobrir o sentido do deslocamento).
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