1 - Diminuir o número de regras
Chico Serra, piloto de Stock Car, se define como um obcecado por Fórmula 1: “quem gosta de automobilismo de verdade não pode nunca deixar de ver Fórmula 1. Ela, mesmo chata do jeito que dizem estar, é muito melhor do que qualquer outra corrida, porque é lá que estão os melhores”, observa. Para privilegiar o talento, ele defende que o regulamento da categoria limite menos os pilotos. “O que falta hoje são ultrapassagens, pois não existe espaço físico e os carros são muito rápidos e eficientes. Acredito que se deixarmos os pilotos mais livres, com menos regras, teremos corridas mais interessantes e menos burocráticas”.
2 - Estabelecer um teto orçamentário
O assunto é polêmico. É fato que a disparidade econômica entre as equipes prejudica o equilíbrio do campeonato. Mas seria justo limitar os gastos das escuderias - como a FIA propôs no início deste ano? “É complicado nivelar a Fórmula 1 por baixo. Corremos o risco de a categoria virar uma nova Fórmula Indy, frágil em tecnologia”, disse o jornalista Mauro Cezar Pereira. Já Lucas di Grassi, piloto da Virgin, vê a ideia com mais simpatia. “É uma proposta válida. Isso traria maior igualdade às equipes e se refletiria no desempenho nas pistas”, defende.
3 - Tornar os circuitos mais difíceis
A modernidade dos carros não foi acompanhada por uma evolução das pistas. Com isso, os pilotos erram cada vez menos. Pior: autódromos mais novos, como os de Xangai, Bahrein e Abu Dhabi (todos eles desenhados pelo arquiteto alemão Hermann Tilke), são tediosos. “Uma revisão nos traçados é necessária. A emoção hoje está em pistas como a do Brasil e a da Bélgica, lugares em que nem sempre é preciso chover para aumentar a emoção.”, defende o narrador Odinei Edson.
4 - Promover corridas em palcos tradicionais
Novamente, os circuitos mais recentes do calendário da Fórmula 1 são apontados como vilões. Enquanto GPs tradicionais, como o de San Marino e da França, são retirados do campeonato, corridas como a da Malásia, Coreia do Sul e China recebem provas da categoria - muitas vezes, com parte das arquibancadas vazias. “Esse processo de levar a Fórmula 1 para o Oriente, apesar de ser interessante economicamente, está distanciando a Fórmula 1 dos fãs. Sou saudosista. É muito mais interessante uma prova em Ímola, em uma atmosfera apaixonada por automobilismo, do que em um autódromo vazio na China”, constata Mauro Cezar Pereira.
5 - Definir maiores exigências para novos carros e pilotos
A pouca – ou nenhuma – competitividade de alguns pilotos e escuderias são pontos negativos e que sempre foram um problema para a Fórmula 1. “A FIA teve critérios poucos claros para escolher as novas equipes do campeonato, e hoje temos pelo menos três escuderias muito fracas”, afirma o jornalista Flavio Gomes. Já Thiago Santiago, também jornalista e co-autor do documentário “Uma Carreira sobre 4 rodas“, acredita que a categoria deveria testar mais os carros e pilotos estreantes. “Os carros deveriam ter um mínimo de rodagem e se adequar para correr na F1. O mesmo deveria valer para pilotos inexperientes, que poderiam cumprir um período mínimo como pilotos de testes”.
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