Honda Civic, MOLE NA QUEDA

DONOS DE CIVIC RECLAMAM DA BAIXA DURABILIDADE DOS AMORTECEDORES, QUE ÀS VEZES SÃO TROCADOS ANTES DOS 20.000 KM

Poucas peças têm a vida útil tão difícil de estimar como os amortecedores, cuja durabilidade varia em função do modelo, do estilo de direção, do peso transportado e das condições do piso. No entanto, nossos carros de Longa Duração quase sempre chegam ao fim dos 60 000 km sem ter os amortecedores trocados. Por isso, compreende-se por que donos da atual geração do Civic têm reclamado da durabilidade dos amortecedores, que em alguns casos perdem a ação antes dos 20 000 km.

“Aos 2 000 km, percebi que estava com problemas de estabilidade. Havia uma batida seca na traseira”, diz o analista de sistemas Daniel Quendi Oka, de São Paulo (SP), dono de um Civic LXS 2008. “Decidiram substituir o amortecedor traseiro esquerdo em garantia. Mas demorou duas semanas para a peça chegar.”

O problema é quando a revenda resolve economizar tempo e peças, conforme lembra o empresário Douglas Simões Parreiras da Silva, de Volta Redonda (RJ). “O primeiro amortecedor a dar problema foi o traseiro esquerdo, que estourou com 18 000 km. Aos 20 000 km trocaram só o defeituoso e não o par, mesmo eu lembrando que a marca recomenda substituir os dois”, diz o dono de um Honda LXS 2008. “Após mais 4 000 km, descobri outro amortecedor estourado, exatamente o que deixaram de trocar.”

Mole na queda

O pior é quando o prejuízo fica na mão do proprietário, como no caso da engenheira Rita de Cássia Corrêa, de Santos (SP), dona de um Civic LXS 2007. “Ao fazer o rodízio dos pneus, o atendente me mostrou os amortecedores estourados, aos 28000 km. Fui à concessionária e disseram que a garantia não cobriria. Depois de rodar 20000 km, os dois amortecedores apresentaram defeito de novo”, afirma Rita.

Consultamos ainda cinco chefes de oficina de autorizadas de Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, e todos confirmaram que atenderam casos como esses. Um deles até explicou a causa do problema. “São comuns situações em que a peça não dura nem 20 000 km. Como a haste que trabalha dentro do amortecedor, envolta em óleo, chega ao batente superior a todo momento, pois trabalha mais nas ruas brasileiras, ela é forçada constantemente e acaba empenando e vazando óleo. A própria Honda nos disse que não há outra alternativa a não ser aguardar um novo projeto de suspensão”, diz o chefe de uma oficina Honda em São Paulo.



O POVO RECLAMA

“Desde os 8 000 km eu ouvia a batida seca da suspensão. Aos 10 000 km, vi que um amortecedor estava vazando.”
Jurandi Racilan Souto, empresário, Contagem (MG)

“Mesmo rodando quase sempre em uma rodovia bem pavimentada, aos 40 000 km soube que dois amortecedores estavam vazando.”
Marcelo Sambuichi, estudante, Arujá (SP)
Fonte: Revista Quatro Rodas

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