O milagre veio do bom equilíbrio na divisão de tarefas entre os motores elétrico e a gasolina. Na geração anterior, o motor elétrico era fraco (30 cavalos) e a bateria demorava para carregar. O coitado do motor 1.5 a gasolina (70 cavalos) ficava com o serviço pesado. Agora eles conversam melhor.
Para atingir uma média de consumo de até 25,5 km/l na cidade, o Prius divide as funções. Em baixas velocidades, ele usa o motor de 67 cavalos movido a bateria. Na estrada, é a vez do 1.5 de 76 cavalos alimentados com gasolina. Mas se você pisar forte no acelerador, os dois motores juntarão forças para responder mais rápido e levar o carro de 0 a 60 milhas por hora (96 km/h) em 11,3 segundos. Quem coordena a atuação dos dois motores é o PCU ou Power Control Unit (unidade de controle de força), o cérebro do carro. A harmonia dessa união é abençoada por uma espécie de diferencial que transfere a força gerada por cada um dos motores para o câmbio CVT em qualquer combinação. E enquanto o Prius usa apenas gasolina, um gerador alimenta a bateria, aproveitando a rotação do motor. O mecanismo garante auto-suficiência ao carro.
Ligar o Prius é uma tarefa simples. É só encaixar a chave - na verdade um pequeno cartão - no painel, pisar no freio e apertar o botão "power", próximo da alavanca de câmbio. O único problema é que você não vai ouvir nenhum ronco do motor. Só é possível saber se o Prius está ligado por meio da inscrição "power" acesa junto aos mostradores digitais. Depois disso é acelerar. Em silêncio, o motor elétrico atua até os 56 km/h. E o câmbio CVT colabora com a paz interior: além de ser menos barulhento que os automáticos tradicionais, não incomoda o motorista com trancos nas mudanças de marcha.
Sala de estar - A Toyota também dedicou atenção ao interior. Os materiais são de primeira e o design privilegia o espaço interno. O painel tem linhas retas e modernas e concentra os comandos no centro - meio longe do motorista, é verdade. Mas tudo pode ser resolvido graças aos comandos no volante.
No centro do painel, além dos mostradores digitais, fica o computador de bordo, onde você seleciona as funções desejadas no próprio monitor. Entre outras informações, é possível ver como está o processo de recarga da bateria, por exemplo. Em outra tela, pode-se descobrir com qual motor o carro está trabalhando. Com relação ao espaço, cinco adultos andam bem acomodados no Prius. E não são apenas as pernas que têm espaço - graças ao entre-eixos de 2,7 metros de comprimento, 15,3 centímetros maior que o da geração anterior. A carroceria em monovolume privilegia o espaço para os ombros e a cabeça.
Antes, o Prius era feio de doer. A nova geração agrada mais. A frente tem capô liso, sem vincos pronunciados. Apenas a megalomania dos faróis pode incomodar os conservadores. O charme está na lateral, onde a linha de cintura do carro sobe, da dianteira para a traseira, terminando nas lanternas de lentes transparentes, que utilizam leds no lugar de lâmpadas.
Nos Estados Unidos, ele é vendido por 20510 dólares*. Esse é outro segredo do sucesso: um carro com tecnologia pelo preço de carro médio no mercado norte-americano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentem.